quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Encerrando ciclos

O final do ano vem aí. Junto com ele, algumas dúvidas. Será que fizemos o certo? Será que foi suficiente? Será que valeu a pena? Será? As dúvidas rondam a nossa cabeça, as respostas fogem pela janela, um ciclo se encerra.
Acho que, na verdade, nunca é o suficiente. Sempre queremos mais. Buscamos mais. Desejamos mais. O ser humano quer ter. Poder, sucesso, dinheiro, destaque, um carro legal, um apartamento bacana, um corpo em dia, reconhecimento. Vivemos insatisfeitos (estou errada?).

Felicidade é diferente de satisfação. Posso estar vivendo um momento feliz mesmo insatisfeita com alguns aspectos. Eu sou uma das pessoas mais insatisfeitas que já tive notícia. Vivo me cobrando, vivo pensando que podia ter feito mais e melhor. Esqueço que tenho falhas, esqueço que sou humana, esqueço que posso errar. Sim, eu posso errar. Posso errar novecentas e vinte e cinco vezes. Eu posso, você pode. Não existe uma regra Faça Sempre O Certo. Mesmo porque a gente não tem fórmula nenhuma na palma da mão. Seguir pelo caminho errado faz parte da vida. As escolhas são sempre nossas, ficam entre nossos dedos. Você pode ir pelo caminho A ou pelo caminho B. A decisão é sua, só sua. Ninguém pode fazer isso por você. É injusto e imaturo a gente colocar a nossa vida na mão de outra pessoa ou assistir os acontecimentos passarem rápido pela janela do carro.

Uma das coisas que valorizo (e muito!) é a atitude. As pessoas precisam ter atitude. Mesmo que não seja exata. Mesmo que o tiro saia pela culatra. É preciso agir, ter opinião, se posicionar, não ir junto com a maré. Tem que ser firme, tem que ter argumento, tem que questionar.

O final do ano vem aí. Junto com ele, alguns sentimentos. E arrependimentos. E desejos. E planos. E medos. E confusões. E confissões. A gente costuma colocar tudo na balança, olhar para o passado, ver o que foi bom e o que foi ruim. O que aprendemos, o que não conseguimos resolver.

Existem as benditas listas. Antigamente, eu escrevia todos os desejos de ano-novo. Agora, procuro viver a vida da melhor forma possível. Fazendo o melhor que posso. Mesmo que muitas vezes meta os pés pelas mãos e faça tudo errado. Dizem que o que vale é a intenção. E eu acredito nisso.

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