sábado, 21 de abril de 2012

Quando a gente acredita muita numa coisa, ela acaba acontecendo...

 


Dias 13/04 e 14/04/2012 foram um dos mais memoráveis e inesquecíveis da minha vida. Palavras jamais saberão dizer tudo, mas vou tentar resumir aqui o que aconteceu. Eu participei da promoção da CBV – Confederação Brasileira de Vôlei onde tinha que gravar um vídeo de até 2minutos mostrando qual a loucura que você (no caso eu) faria pra ir assistir a final da Superliga. Desde que surgiu essa promoção pensei: é uma chance única, é um momento ímpar. Daí comecei a arquitetar várias loucuras mirabolantes. Era tanta loucura que não dava pra executar em dois minutos. Mas mesmo assim eu tentei fazer. Eu poderia fazer muito mais coisa pra estar lá, mas eu compreendi que não dá pra simplificar uma história e resumir um sentimento tão forte e profundo que vai além de qualquer criatividade. Pra mim não tem loucura maior do que amar um time que está a 2.306km de distância, não tem loucura maior do que torcer desesperadamente e vibrar apaixonadamente. Não existe loucura maior do que gostar de pessoas que você nunca viu pessoalmente e que certamente nem sabe que você existe. Não existe loucura maior do acreditar com todas as forças que dia 14 de abril de 2012 vai ser o dia mais feliz da sua vida. Não existe loucura maior do que participar de promoções concorrendo com muitos outros loucos feito eu pra ter a chance de ter um sonho realizado, uma gota de esperança e a certeza de que quem acredita sempre alcança. É CAMILA NA FINAL DA SUPERLIGA... =).



Foi uma semana de expectativa e três dias de espera pelo resultado. Já não tinha dedos pra contar, já não tinha unhas pra roer... Era coração acelerado, noites mal dormidas (só não era pior porque eu sonhava que iria ganhar, rsrsrsrsrs). Inquietude, ansiedade e vontade que as horas não passassem... voassem! Aguenta coração valente (dizia e repetia, pensava, repensava, "trepensava" mil vezes). #Fé, #Força, #Foco, #Ousadia e #Coragem. Seja o que Deus quiser. E foi o que Ele quis. Eu ganhei a promoção.


O primeiro passo era acreditar. Se a gente não acreditar que vai dar certo é inútil correr atrás. Eu acreditei com todas minhas forças, com toda minha fé e quando o resultado saiu e a CBV divulgou que a vencedora tinha sido eu, eu nem acreditei... Meu sonho haveria de ser realizado de forma incrível. Eu não cabia dentro de mim. Nem todas as palavras seriam suficientes para expressar minha alegria e satisfação.


Em 2004, após as Olimpíadas de Atenas, nasceu em mim um amor, amor incondicional pelo vôlei e coloquei na cabeça que queria conhecer a Seleção Brasileira de Vôlei Feminino. Passei a acompanhar com frequência os jogos, os campeonatos (Grand Prix, Mundial, Sul Americano, Jogos Pan-americanos, Olimpíadas, enfim), as vitórias e as derrotas, as conquistas e as perdas. Sempre fui uma amante do esporte. Me envolvo, me entrego, torço, vibro como se fizesse parte daquilo tudo.


Eu nunca deixei de sonhar. Eu nunca parei de acreditar. E quando a gente acredita muito numa coisa, ela acaba acontecendo e aconteceu... Ter a oportunidade de assistir a final da Superliga 2011/2012, onde os finalistas era o Rio de Janeiro (Unilever) e o Osasco (Sollys/ Nestlé), seria uma parte do sonho realizado, pois lá estariam: Mari, Sheilla, Jucielly, Fabizinha e Natália representantes do Unilver e Fabíola, Jaqueline, Tandara, Camila Brait, Thaísa e Adenizia representado o Sollys Nestlé, todas da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino.


Comecei a acompanhar com frequência a Superliga na temporada 2010/2011 e venho acompanhando até hoje, torcendo fervorosamente pelo Unilever.


Quando decidi participar da promoção da CBV era com o objetivo de assistir a final entre os dois melhores times da Superliga desde mil novecentos e lá vai... e também conhecer Mari, de quem sou fã desde 2004. Mas... eu nunca imaginei que seria tão mais intenso do que um dia eu pude imaginar.


Desembarquei no Aeroporto do Galeão por volta das 9h30 da sexta feira, 13/04/12 e fui levada ao último treino do Unilever no Maracanãzinho. Eu não acreditava... Era algo indescritível. Tudo que eu só via pela televisão, tudo que eu acompanhava pela internet, estava ali, na minha frente, bem diante dos meus olhos. As meninas treinavam para final que seria no dia seguinte. Ganhei a camisa oficial de Mari com autógrafo de todas as jogadoras, tirei fotos com: Islany, Mara, Fabizinha, Régis, Mari, Juju, Valeskinha, Natalia, Bernardinho, Roberta, Ju Nogueira e Jucielly. E lá mesmo fiquei sabendo que estavámos hospedadas no mesmo hotel: Golden Tulip Continental. Coincidentemente almoçamos e jantamos no mesmo horário e foi ótimo vê-las de perto e fazer parte daquele momento. #NãoTemPreço. Conversei com Fabi e Bernardinho, simpaticíssimos por sinal. Entreguei a Mari e a Sheilla uma camisa que dizia: MILAGRES ACONTECEM QUANDO A GENTE VAI À LUTA.


No sábado, 14/04/12, era chegada a hora... O coração estava a mil, o Maracanãzinho estava lindo, lotado, e o azul predominava. Estavam presente cerca de 11 mil apaixonados por vôlei e pelo Unilever. Infelizmente o resultado não foi o que esperavámos. O Unilever perdeu de 3 a 0 para o nosso maior rival, Sollys. Foi duro vê o título escapar pelos nossos dedos num jogo totalmente atípico, onde nada funcionou. Foi triste Fernanda Venturine não ter ganhado seu último jogo e seu último título. Doeu pra caramba vê o choro inconsolável de Sheilla e Natalia. Pior ainda foi vê a minoria do Sollys gritar na nossa casa, diante do nosso silêncio: É Campeão...


Faltou o título, faltou à foto com Sheilla, mas valeu a pena a experência e cada momento vivido.

Agradeço a CBV, a Fernanda Duque Estrada, Rogério Lauback Carvalho, Guilherme Júdice, Raquel de Souza Sabóia e a toda equipe Unilever pela recepção e hospitalidade. Foi muito bom estar com vocês e compartilhar desse momento. Embora o tempo tenha sido curto valeu muito a pena. Espero voltar em breve. Foi maravilhoso... o resto foi detalhe.


Despeço-me já com o coração apertado, mas muito, muito, muito feliz mesmo... Tendo a certeza que todo sopro que apaga uma chama reascende o que for pra ficar. Mas a conta da saudade quem é que paga?


Trouxe na mala bastante saudade e boas recordações. Quem acredita sempre alcança. Eu acreditei. Eu consegui! 8 anos depois uma parte do sonho se realiza. De 100% eu consegui 80%, vou correr atrás dos 20%. Até outro dia Rio.