terça-feira, 29 de maio de 2012

É preciso entender!

Resolvi aceitar algumas coisas da vida, sem dor. Ninguém vai ser como você sonha, não espere consideração nem que os outros façam o que você faria. Não espere que valorizem seu esforço. Não espere que lhe ofereçam a mão. Apenas viva. É preciso entender que o outro é diferente e de vez em quando ele vai lhe magoar (e você precisa lidar com isso). Não espere compreensão. Não espere que a vida seja fácil. Nem sempre ela é. Não espere para viver, tem coisa que não volta.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Meu irmão vai casar...


Estou escrevendo porque não consigo falar, me expressar, fazer sair,  fato. Escrevo porque talvez eu consiga me expressar melhor. Infelizmente eu sou assim, sinto demais, sinto muito...  Podia sentir menos e menos e menos. Mas não adianta, tudo me atinge, abala, afeta, arrebenta, maltrata, violenta de uma forma absurda e intensa. Eu não preciso de laxante para as emoções. Nunca sei direito se a vida me fez assim, as situações fizeram com que eu me tornasse assim, não sei, não sei mesmo. A vida maltrata quem sente demais. Quem sente demais acaba sofrendo mais que a maioria das pessoas. Tudo importa, tudo é exagerado, tudo sentido de corpo e alma. Alma, principalmente. Eu posso não demonstrar em beijos e abraços o quanto você é importante pra mim e o quanto eu te amo. Mas eu te amo muito e você vai fazer uma falta do cacete meu irmão.  

Meu irmão vai casar… Parecia que faltava tanto tempo quando eles marcaram a data. Meu irmão vai casar... Eu tinha certeza que sentiria o apertinho no peito que estou sentindo. Mas meu irmão está feliz, isso é o que importa. Que ele não apenas esteja, mas que seja... Desde que me entendo por gente ele está na minha vida. Lembro-me vagamente das brincadeiras e também das brigas que tínhamos quando pequenos. Lembro-me de defendê-lo quando ele estava no sufoco, mesmo sendo mais nova, eu que o protegia sempre. Lembro-me de assistir Power Rangers, Tartaruga Ninja, Castelo Rá-Tim-Bum e Cocoricó só porque ele gostava.  Meu irmão vai casar... A casa ficará mais vazia e silenciosa. Agora eu não vou mais saber quando ele chegar da faculdade. Agora não terá mais ele pra pegar minhas coisas e não devolver, consequentemente, me irritar. Não haverá mais trocas e “confusões” com as escovas de dente, num é Bruno? Só ele mesmo pra escovar os dentes com a minha escova e dizer: Foi sem querer. Meu desodorante agora vai render mais. Não terei mais aquele bocão fazendo barulho, falando e cantando pela casa, como se todos quisessem ouvir.  Até os sapatos dele espalhados na cozinha vai fazer falta, será a prova de que ele não está mais em casa mesmo. Assistir aos jogos do Santa Cruz, torcer, comentar, tirar onda, também não será mais do mesmo jeito, mesmo que eu vá pra sua casa será no mínimo diferente. Dyana é rubro-negra, (que mau gosto... Espero que você tenha competência pra mudar isso, kkkkkk). E já aviso, meus sobrinhos serão tricolores, viu Dyana?)

Meu irmão vai casar... Na nossa casinha vai faltar graça e sobrar espaço. Se vai Bruno, Alexandre, Crô e Valéria Bandida. Os desfiles e danças de cueca vão pra outro endereço agora. Na feira de supermercado, não terá mais tanto sentido colocar Goiabinha, Todinho e Geleia de mocotó, mesmo assim, vou colocar alguns, pra quando você vier nos visitar. Não vou ter mais com que brigar e discutir. Acho que nem vou mais poder dizer: - Fui eu não. Só vai ter eu mesmo... kkk. Aos domingos, antes de ir pra igreja, vou lembrar de você vindo aqui no meu quarto perguntar: - “Tá boa essa roupa? Cheira aqui pra vê se está fedendo! Está amassada? Tá bem ensacada? Oush, você nem viu direito e tá dizendo que está”.

Meu irmão vai casar... No começo vai ser “difícil” pra eu me adaptar e tudo me lembrará você. Agora eu vou ter que aprender a viver sem “conviver” com você diariamente como foi durante esses meus 24, quase 25 anos. Mas, enquanto for um berço meu. Enquanto um terço meu... Serás vida, bem vinda. Serás vivo, bem vivo em mim.

Meu irmão vai casar...  Está chegando cada vez mais perto... O que é que eu faço? Não sei se me calo, se grito ou também caso. Nesses casos que a vida nos coloca, sobram casais e nasce uma vida nova. Fazendo a busca da felicidade “a dois” mais uma árdua prova. E não é só de sonhos, pois o amor é uma certeza concreta.  Uma longa caminhada em que se perde tudo para encontrar o mistério. As dúvidas não desaparecem como em filmes românticos. No mundo real elas ajudam a perceber que o amor é também uma difícil escolha. Dessa escolha é que se vai meu irmão, deixando para trás nossa infância, adolescência e a famosa canção. E nas rodas vivas que cantamos, muitas coisas ficarão pra sempre na minha memória. Pois se conclui uma, mas em festa começa para ele uma nova história. Por isso me sinto casando com ele, “temeroso”, mas pleno de felicidade pelo novo. Estarei sempre perto.  Desejo aos nubentes muitas felicidades e um casamento do tipo dos velhos tempos, onde o amor e o respeito imperam. Esse dia chegou! Te amo pra sempre! E pra minha poesia é o ponto final. É o ponto em que recomeço.

PS: Dyana Rodrigues da Silva Albuquerque, você está levando a 2º coisa mais importante e valiosa que eu tenho nessa vida. Cuida dele direitinho tá?  Isso é um pedido e uma ordem! =)

...E se eu chorar e o sal molhar o meu sorriso, não se espante, cante, que o teu canto é a minha força pra cantar. Quando eu soltar a minha voz, por favor, entenda... É apenas o meu jeito de dizer o que é amar...

domingo, 13 de maio de 2012

Sobre o dia da mãe...

É engraçado como algumas coisas marcam a nossa infância. Minha mãe me ensinou desde muito cedo a cumprimentar as pessoas, dar bom dia, boa tarde, boa noite. É por isso que acho que certas coisas são de berço. Educação não vende em prateleira do supermercado. Espero poder ter a clareza, a firmeza, a sanidade e a serenidade para transmitir para os meus filhos a infinidade de coisas boas que recebi. Estudei em uma ótima escola, em uma boa universidade, pude fazer aulas de inglês, natação, futsal, academia. Tive “tudo” que eu quis, aprendi o valor do certo e do errado e descobri que quando a gente quer uma coisa precisa ir atrás: nada cai no colo sem esforço. Fiquei de castigo e apanhei algumas vezes. Nada disso me traumatizou e minha infância foi bonita. Tenho boas recordações e um pouco de saudade de como as coisas eram simples e puras. Ser criança é tão mais fácil, né? Vida de adulto às vezes causa azia e má digestão.

Minha mãe (assim como eu) está longe da perfeição, afinal, somos humanos, mas ela me deu tudo que conseguiu. Não falo de coisas materiais, falo de amor, carinho, atenção. Minha mãe não teve uma infância muito fácil. Por isso, ela nos fez (eu e irmão) prioridade. Dizem que a gente dá tudo que não teve. E ela nos deu tudo aquilo que não recebeu. Ou que quis receber e não conseguiu. Ela tem personalidade forte, é mandona, gosta de dar a última palavra sempre, às vezes tem um humor do cão, mas tem um coração bonito e ajuda quem precisa. Quando estou braba faço bico que nem a minha mãe. E tenho várias manias que ela tem. Acho graça, pois antes eu recriminava e hoje faço igual. Quando está braba com outras coisas desconta em mim. Minha mãe é assim: fica braba com um e desconta em outro. Sou igual. Minha mãe começou a se virar cedo, estudou, trabalhou muito, se formou. É por isso que sempre quis que a gente tivesse uma boa educação, boas oportunidades. Ela sempre se preocupou em nos proporcionar as melhores coisas. E sempre achou que a gente deve fazer por merecer. Nada vem de graça, tudo é batalhado. Acho bonito isso na minha mãe. Ela é uma batalhadora. Uma mulher culta, íntegra, é a pessoa mais honesta que eu conheço. Uma mulher reservada, quietona, crítica. É incapaz de fazer mal pra alguém. Ela nem sempre sabe demonstrar o que sente. Mas dá pra ver claramente certas coisas. Ela parece meio fria, pois não manifesta muita emoção e não é exatamente aquele tipo de pessoa que beija e abraça o tempo todo. Mas ela tem muito amor pra dar. E é uma pessoa incrível.

É interessante como a gente amadurece e começa a ver as coisas de outra forma. Eu não tenho a memória muita boa, não armazeno no meu HD mental muitas lembranças, momentos, situações, mas tem muita coisa boa guardada a sete chaves dentro do meu pobre coração. São essas coisas assim, muito peculiares, que formam uma família e boas histórias para contar.

(Feliz todo dia, mãe. Acho que não existe uma data especial pra dizer o quanto amo você. Pode soar meio clichê, mas todo dia é dia da gente dizer o que sente. E eu tenho o maior orgulho de ter você como mãe. Obrigada por tudo).

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cada um sabe a alegria e a dor que trás no coração...

 Cada um tem um tempo. Nem toda ferida cura na mesma hora. O que dá certo pra mim pode não dar pra você. E tudo bem, não estou certa e você errado. Somos diferentes. Sentimos de forma diferente. Tivemos experiências diferentes. Temos cicatrizes diferentes. E é isso que faz com que cada pessoa seja única e especial.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Tentando entender as coisas...

Todo dia eu penso: podia sentir menos e menos e menos. Mas não adianta, tudo me atinge, abala, afeta, arrebata, maltrata, alegra, violenta de uma forma absurda e intensa. Nasci pra ser intensa e dramática.
Frequentemente, tenho a sensação de que a vida das outras pessoas é tão simples e que só a minha que é complicada. Tenho andado meio infeliz ultimamente. Sei que até parece pecado dizer isso perto de tanta gente quase morrendo e passando necessidade. Sei que tem muita gente que não tem onde morar, o que comer, o que vestir. Sei que muitos não têm emprego, família, amor. Sei que muita gente tem doença terminal ou algum transtorno grave. Sei de tudo isso, mas desculpa, preciso falar a verdade: ando meio infeliz. Às vezes tenho a impressão de que sempre tenho que estar bem disposta, ser legal, amiga, gente boa. Não tenho o direito de ter problemas, estar de cabeça quente ou cheia ou simplesmente de estar assim, meio infeliz da vida. Com licença, estou infeliz. Estou mesmo. Não sei dizer o motivo, são algumas frustrações, algumas coisas muito minhas, algumas mágoas que não consigo colocar para fora, porque eu sou assim, escrevo, escrevo e escrevo, mas na hora de abrir a boca pra falar nem sempre sai. Tem coisa que guardo, tranco lá dentro e jogo a chave fora. Preciso me sacudir e fazer a coisa toda sair, mas nem sempre dá, então fico nessa vibe meio infeliz de tudo, infeliz com tudo, infeliz pra sempre. Até o dia que deixar de ser. Até o dia que conseguir falar, me expressar, fazer sair. Preciso de um laxante para as emoções.
Nunca sei direito se a vida me fez assim, as situações fizeram com que eu me tornasse assim, não sei, não sei. A última e única coisa que lembro é de sentir. Eu sinto o sentir. Sei que parece papo de louco, mas é verdade, é real, sinto demais. A realidade me consome. Mas me consome e-xa-ge-ra-da-men-te.
A vida maltrata quem sente demais. Quem sente demais acaba sofrendo mais que a maioria das pessoas. Tudo importa, tudo é exagerado, tudo é sentido de corpo e alma. Alma, principalmente. Pessoas "sem cera" têm a alma do tamanho de um bonde. Não acho que eu seja a pessoa mais sincera do planeta. Eu minto de vez em quando. Tenho inveja. Tenho defeitões. Mas eu sempre agi de acordo com meu coração, meu instinto, meu amor pelas coisas. A gente precisa ter amor pelas coisas. E raiva também, pois nem só de amor e sinceridade se vive.
A raiva serve para a gente colocar pra fora o que está desajeitado no peito. Porque de vez em quando tudo vira zona, bagunça. Precisamos arrumar, colocar ordem no nosso galinheiro. Não é fácil nem rápido, mas é necessário.
Por ser assim, sinto dores que não são minhas, tomo dores que são dos outros. Mas esse é meu jeito. Desde pequena, quando tava na quinta série e defendia o meu irmão, que era mais velho. Sempre fui desse jeito. E não acredito que vá mudar. Mas quer saber um segredo? Nem quero. Antes ser assim do que passar pela vida só vivendo um dia depois do outro. Se é pra viver, que seja de forma intensa.