sábado, 15 de dezembro de 2012

O ano na balança

Eu sei que ainda falta mais uns dias para o final do ano, mas já estou colocando o querido na balança. Você sabe que o tempo voa, portanto daqui a pouco a gente abre o olho e, pronto, está em 2013.

Antigamente, eu fazia listas em caderninhos. No final do ano relia tudo que tinha escrito para ver se havia concluído minhas metas com sucesso. Com o passar do tempo resolvi deixar essa prática de lado, mas ainda assim sigo fazendo listinhas mentais.

Sempre fui muito na minha. Sem maldade, achava que o mundo estava ao meu lado e que as pessoas só tinham bons sentimentos no peito. Amarga ilusão. Por isso, hoje, guardo para mim. Quem vê até pensa que "espalho" a vida, mas as minhas prioridades ficam guardadas a sete chaves. Nem meus melhores amigos sabem. Melhor assim. Aprendi que certas coisas devem ficar (bem) guardadas dentro da gente.
 
Este ano foi bondoso comigo. Viajei bastante, tive pequenas vitórias e gratas surpresas da vida. Por isso, sou grata. Acho que a gratidão é uma coisa bonita, bem como a delicadeza. Essa duplinha devemos manter sempre ao nosso lado. Pena que tem gente que esquece do significado dessas palavras.
 
Continuo teimosa. Não adianta, entra ano e sai ano certas coisas não mudam jamais. Não consigo ver injustiça, então compro brigas que nem são minhas. Não gosto de gente sem opinião. Preciso admirar as qualidades e ideias de uma pessoa para ser amiga dela. Tenho um pouco de agonia de quem não pensa, de quem vai de acordo com a maré, de quem não tem pulso, de quem não gosta de se indispor com ninguém e por isso fica em cima do muro. Sempre tive uma opinião forte. E prefiro ser assim do que ser uma mosca morta que ri para todo mundo só pra não perder a amizade de ninguém. Não sou de fazer tipo, se eu gosto eu gosto. Essa coisa de tipo não combina comigo, porque eu não sei ser fingida. Não consigo rir para você se não gosto de você. Se eu não te suporto, é bem provável que seja apenas educada, mas nunca vou ser sua amiga. Continuo impaciente. Não sei esperar, detesto filas, não tenho paciência com quem fala devagar, anda devagar, vive devagar. Penso que se consigo fazer quatro coisas ao mesmo tempo você também consegue. Mas estou enganada, eu sei. As pessoas são totalmente diferentes e isso eu tento aprender todo dia. Não gosto de quem não sabe rir. E também prefiro ficar longe de pessoas negativas, que só sabem criticar, julgar ou apontar onde o outro está errado. Acho que cada um é dono do seu próprio nariz e, sinceramente, tenho mais o que fazer da minha vida. Tem gente que desperdiça um tempo danado cuidando da vida do vizinho ao invés de olhar para si mesmo. Procuro olhar para mim todo dia, mas de vez em quando sei que fecho os olhos. É que é mais fácil a gente tapar o sol com a peneira.

Tenho muito o que mudar, muito para evoluir, muito para alcançar. Já comecei uma listinha para o próximo ano, está tudo anotado aqui na minha cabeça, com letras imaginárias. Mas os meus pedidos, por incrível que pareça, nem são para mim. Meus pedidos são para meus pais, quero que eles tenham muita saúde e paz. Meus pedidos são para meu irmão e cunhada, quero que eles tenham muita saúde e paz. Meus pedidos são para meus avós, quero que eles tenham muita saúde e paz. Meus pedidos são para meus tios, tias e primos, quero que eles tenham muita saúde e paz. Meus pedidos são para meus amigos. Que tenham muita saúde e paz. Repetitiva? Sou, sim. E eu também quero, caso sobre, muita saúde e paz.

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